domingo, 22 de abril de 2012




O Sertão tem Histórias...


Nos dias 14 e 15 de abril do corrente ano, sob coordenação geral do Prof. Dr. Antônio Lindvaldo Sousa (GPCIR/UFS) e uma comissão organizadora de 11 monitores, realizou-se um ciclo de estudos com o tema: O Sertão tem Histórias...”; este ciclo tratou-se de “aulas públicas” bem como visitas técnicas a locais representativos do povo sertanejo, dentre estes, destacam-se os currais de pedras e a história da Igreja Católica na localidade, além destes locais pode-se também ter conhecimento da história dos índios ao longo do processo de expansão da sociedade, e a situação dos mesmos tendo como ponto principal a tomada de terras desse povo na região do São Francisco.
O evento tinha toda uma programação, que apesar dos imprevistos e atrasos, foi totalmente cumprida. Inicialmente, no primeiro dia, 14/04, partimos de dois pontos, primeiramente do posto de gasolina em frente ao Shopping Riomar às 6:00h, passando no posto de gasolina em frente a Rodoviária Nova às 6:30h, seguindo caminho à cidade de Gararu, com hora prevista de chagada às 10:00.
Ao chegar ao nosso primeiro destino, a cidade de Gararu, aconteceu a abertura do evento e em seguida houve uma visita a Igreja Católica matriz da cidade, que segue a vertente do “Vaticano I”, nas palavras do Prof. Dr. Antônio Lindvaldo, isto significa dizer que a igreja está mais voltada para os “sentimentos” como “dor”, “sacrifício”, e veem o Cristo “crucificado” como representação de todos esses sentimentos.



Mais adiante, fizemos visita aos “currais de pedras” na Fazenda Curral de Pedras, propriedade particular do Sr. Pedro, que nos tratou muito bem e comentou sobre os “currais”, dizendo que os mesmos eram construídos para separar o gado no início do século passado, que era criado à solta (extensiva), das plantações de arroz que situavam-se nas “baixas” da fazenda onde eram inundadas pelo rio São Francisco, atualmente essas plantações não existem mais devido a construção da Barragem de Xingó (Usina de Xingó – Companhia Hidroelétrica do São Francisco CHEFS) que represou boa parte das águas que corriam no Baixo São Francisco. Retornando à questão dos “currais de pedras”, o Sr. Pedro diz que além dos “currais” que ele e seus antepassados – pais, avós, etc. – construíram, possui em sua propriedade também aqueles que não se sabe quando e por quem foram construídos, suspeita-se que estes foram construídos pelos holandeses quando passaram mais ou menos quinze anos naquelas regiões quando estes estavam de passagem para a Bahia.



Logo após a visita aos “currais de pedras”, fomos para a cidade de Porto da Folha dando uma pausa nas atividades para o almoço e tempo de descanso. Em seguida, às 17:00h, fizemos visita a Matriz Católica dessa cidade, que ao contrário da igreja de Gararu, esta segue os dogmas do “Vaticano II”, como deixou bem claro nosso coordenador geral Prof. Dr. Antônio Lindvaldo, a teoria da nova igreja é a da “libertação”, ou seja, não se vive mais o sofrimento do “Cristo Crucificado” e sim a alegria do “Cristo Ressuscitado” como um “vitorioso”.





Depois dessa visita, pausamos para o jantar, seguindo as atividades às 20:00h na Ilha do ouro, povoado daquele município, com a conferência “O Sertão tem Histórias...” na voz do Prof. Dr. Antônio, nesta mesma noite tivemos a participação das nossa atividades as palavras do escritor e cantor Antônio Carlos do Aracaju e a apresentação do “grupo de quadrilha” daquele município. Posteriormente nos concentramos as margens do “Velho Chico” para uma confraternização e ouvir alguns “causos”, encerrando os trabalhos do dia 1:00h, retornando para a cidade.





O segundo dia de atividade, 15/04, começou às 8:00h com o café da manhã, e em seguida fizemos uma visita guiada aos curais de pedras às margens do Rio São Francisco em Porto da Folha. Rapidamente seguimos caminho para a Ilha de São Pedro, povoado daquele município onde encontra-se a única tribo indígena do estado, falamos do povo Xokó. Ao chegar a reserva, paramos poucos minutos para o almoço, seguindo posteriormente com as atividades na tribo, nisto fizemos entrevista, filmagens, fotos, conhecemos um pouco da cultura daquele povo com o ritual da a “Dança do Toré” e um pouco da sua história através do ex cacique da tribo, Apolônio, que foi completada com os conhecimentos do nosso coordenador geral.





Bhá - Cacique

 Pajé

Apolônio, ex-cacique


Ao término das atividades do dia e de todo a conferência, retornamos ao local de origem as 18:30h, para dar por completo o encerramento evento as 22:30 com a chegada na cidade de Aracaju.

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